Cirurgia Parkinson – DBS

O que é a estimulação cerebral profunda (DBS)?

Tal como um pacemaker para o coração, o neurostimulador produz, de forma contínua, impulsos elétricos que são enviados para o cérebro para bloquear ou regular mensagens do cérebro anormais que causam alguns dos sintomas relacionados com os sintomas relacionados com os movimentos da Doença de Parkinson, como, por exemplo, os tremores e movimentos involuntários.
A Terapia de Estimulação Cerebral Profunda (DBS) é uma terapia reversível e inclui os componentes seguintes:

  1. Os fios dos elétrodos são mantidos fixos
    com tampões
  2. Pequenos elétrodos colocados na área do cérebro adequada (núcleo subtalâmico, tálamo ou globus pallidus)
  3. Cabos de extensão flexíveis sob a pele
  4. Neurostimulador DBS da Medtronic
  5. Programador do doente (permite ao doente ligar e desligar o estimulador, verificar o nível da bateria e alterar as definições em certas situações)

A DBS é uma terapia consolidada?

Quase 30 anos de inovação na DBS:
Começou-se a desenvolver a estimulação cerebral profunda em 1987 e, hoje em dia, mais de 150000 doentes já beneficiaram com esta terapia. A DBS é apoiada por décadas de investigação, inovação e experiência, apoiada em evidências clínicas.

Para além da Doença de Parkinson a terapia DBS foi aprovada para outras patologias, são elas:

Tremor essencial – desde 1993
Doença de Parkinson – desde 1998
Distonia primária – desde 2003
Distúrbio obsessivo-compulsivo – desde 2009
Epilepsia – desde 2010

Qual é a melhor altura para considerar a terapia DBS?

*A inclinação indica a diminuição da qualidade de vida, da esquerda para a direita

Como é que a DBS pode ajudar as pessoas com Parkinson?

É importante ter em conta que o Parkinson é uma doença neurodegenerativa progressiva e que, atualmente, não existe cura para os sintomas. Contudo, a DBS da Medtronic consegue aliviar vários sintomas da doença de Parkinson durante vários anos, permitindo aos doentes viverem uma vida relativamente normal.

A DBS tem um perfil de segurança?

Como a DBS já é utilizada há quase 30 anos, as possíveis complicações são bem conhecidas e podem ser previstas.
A DBS é um procedimento relativamente seguro que envolve um risco mínimo (tal como convulsões ou traumas no tecido cerebral).

As informações detalhadas sobre as possíveis complicações relevantes ser-lhe-ão fornecidas pelo seu médico especialista em DBS. Poderão ser mencionadas as seguintes complicações:

  • Hemorragia cerebral (assintomática, sintomática)
  • Tal como em qualquer outro tratamento, existe o risco de morte do doente, mas que é baixo, comparável ao risco de morte associado à substituição total da anca;
  • Colocação incorreta dos elétrodos, elétrodos com defeito ou mau funcionamento do pacemaker cerebral
  • Infeções pós-operatórias com necessidade de cirurgia adicional
  • No pós-operatório, podem ocorrer sintomas psicóticos temporários, tais como hipomania, depressão ou apatia (síndrome psicótico transitório sintomático)
  • Ocasionalmente, efeitos secundários induzidos pela estimulação, como por exemplo a intensificação ou ocorrência de dificuldades no discurso (disartria)

ATENÇÃO:
A Terapia DBS envolve uma decisão complexa. As pessoas com a doença de Parkinson devem esclarecer todas as suas dúvidas com o seu médico assistente. A informação contida nesta página não subsitui a consulta com o seu médico sobre a terapia DBS. Só o seu médico poderá dizer se é ou não um bom candidato a cirurgia DBS.